A luz em Lisboa

Foi hoje. E nem sempre é como hoje. A luz brotava das árvores e depois de três Avé Maria´s na Basílica da Estrela, vim encontrá-la ao jardim, raiava com uma luminosidade caracteristíca de Lisboa.
As partículas de luz estavam em consonância pura com o verde que tudo rodeava.
O silêncio não era total, até fechar os olhos e poder senti-lo num quadro perfeito.
É assim em Lisboa, por cada passo que dou e avanço ou naqueles que recuo.
Sentei-me e li cada página do jornal de Roger.
Um Francês que vive na Lapa e que compra o "Figaro" todos os dias, quase à mesma hora, no mesmo quiosque. Pouco falámos, mas trouxe-lhe o sossego entre as linhas, as palavras e os espaços.
Podia ser sempre...hoje, mesmo que o amanhã seja o de hoje.
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